BRASIL JUSTIÇA

UMA MATÉRIA, UMA OPERAÇÃO: PF baseou operação contra empresários Bolsonaristas apenas em matéria de site

Segundo documento da Polícia Federal, divulgado pelo próprio site Metrópoles, operação tinha objetivo de “dissuadir” empresários

A Polícia Federal teria se baseado apenas na matéria do site Metrópoles, que reproduziu as mensagens privadas de empresários, para realizar a operação da semana passada para “dissuadir” atos antidemocráticos.

A informação é do próprio site, que afirma também que uma “representação da PF ao ministro Alexandre de Moraes” lista os motivos para a realização da operação: “esclarecimentos” e “dissuassão desse tipo de conduta”.

A PF realizou uma operação na última semana que tinha como alvo empresários em razão de mensagens em um grupo fechado de Whatsapp, onde opiniões diversas foram emitidas, de vinhos a filmes, mas algumas tratam também de “golpe de estado”. Foi suficiente para justificar a batida policial.

O site replicou a explicação do delegado Fábio Alvarez Shor ao ministro Alexandre de Moraes:

“Chegou ao conhecimento da Polícia Federal a notícia de uma orquestração de pessoas socioeconomicamente ativas (empresários de ramos distintos) no sentido de praticar crimes, dentre eles os tipos previstos nos arts. 288 e 359-L do Código Penal. Conforme divulgado em fontes abertas, vários empresários estariam participando de um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp para arquitetar uma ruptura do Estado democrático de direito indicando que “o golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo” e para incentivar a prática de ações violentas apoiando que “se for vencedor o lado que defendemos, o sangue das vítimas se tornam [sic] sangue de heróis!”.

“Tais fatos, apesar de serem propalados por meio de aplicativos de mensagens, não podem ser desprezados pelo Estado. Como é sabido, mensagens de apoio a atos violentos, ruptura do Estado democrático de direito, ataques ou ameaças contra pessoas politicamente expostas têm um grande potencial de propagação entre os apoiadores mais radicais da ideologia dita conservadora”, diz o delegado.

Operação contra empresários já era aguardada

Era aguardada nos meios jurídicos há meses a operação que teve como alvos oito importantes empresários brasileiros. Fontes do governo estão convencidas de que o suposto objetivo seria atingir os apoiadores de Jair Bolsonaro e até o procurador-geral Augusto Aras, cuja atuação tem irritado setores de oposição. Aras seria uma das pessoas do grupo de whatsapp sob “monitoramento”. Se foi isso mesmo, Aras frustrou as expectativas porque apenas trocou mensagens sobre assuntos triviais.

Deu errado

  • O procurador-geral tratou, em suas mensagens, de temas como dicas de livros, vinhos etc, ainda assim ocasionalmente.

Protestos gerais

  • A operação tem sido objeto de protestos de entidades empresariais e seccionais independentes da OAB, cuja direção nacional se omitiu.

Pedala, OAB

  • O presidente da OAB-RS, Leonardo Lamachia, cobrou da OAB nacional coerência com a “Carta” em defesa da democracia.

Aula do ministro

  • O ministro aposentado Marco Aurélio achou a operação “um atentado à liberdade de expressão” e ensinou que não há crime de “cogitação”.

Via Diário do poder

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