EDUCAÇÃO

Professores indígenas da Prefeitura de Manaus participam de Formação Continuada

Com o tema “A sonoridade indígena: uma conexão com os elementos da natureza para o ensino da Língua Materna”, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), promoveu nesta quarta-feira, 26/5, a segunda formação de 2022 para professores indígenas que atuam nos Espaços de Estudos da Língua Materna e Conhecimentos Tradicionais Indígenas, (antigos Centros Culturais). A formação aconteceu na Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM), na avenida Maceió, zona Centro-Sul da cidade.

O encontro, promovido pela Rede Colaborativa de Formação Continuada, da Semed, tem o objetivo de aguçar os sentidos dos professores para refletirem sobre as possibilidades no processo de ensino da língua materna, que passa, fundamentalmente, pelo desenvolvimento da consciência fonológica.

De acordo com a coordenadora da Rede, Rosemi Araújo, a formação promove a integração entre o currículo escolar da rede municipal de ensino e os saberes tradicionais de cada etnia e que essa é uma determinação do prefeito David Almeida e da secretária municipal de Educação, professora Dulce Almeida, para que os costumes indígenas não sejam esquecidos.

“Essa é a nossa segunda formação do ano com os professores dos Espaços, o que para gente é de extrema importância, pois com isso conseguimos fazer a interação entre o currículo educacional da Semed e os saberes tradicionais dos povos indígenas, que é algo muito solicitado pelo prefeito David e a secretária Dulce, para que esses costumes não se percam com o passar dos anos”, destacou a coordenadora.

A Semed possui 22 Espaços, cada um com um professor que pertence à comunidade. O encontro propõe a construção visual das sonoridades com os quais os professores indígenas e seus alunos se relacionam no dia a dia e que reflitam, desenvolvam ideias e atividades que articulem os sons da natureza, incluindo a voz humana ao processo de aprendizagem oral e escrita da língua materna, a partir da literatura oral tradicional e da diversidade cultural das etnias existentes nos Espaços de Estudo.

“Nossa proposta é que haja uma conexão entre as sonoridades indígenas e os sons da natureza, já que são muito presentes nas comunidades indígenas e o ensino da língua materna. Um dos fundamentos da alfabetização é a consciência fonológica, então, a partir da sensibilização auditiva e da representação gráfica, partimos para a representação convencional da escrita. Os espaços são ricos em pluralidade cultural e é justamente isso que queremos fazê-los enxergar todo esse mundo de aprendizagem”, explicou a formadora da DDPM, Lucila Bonina Simões.

Para a professora Clarice Tukano, que atua no Espaço de Estudos Bú-Miri, que fica na Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN), no Aleixo, zona Centro-Sul, a formação é uma ótima oportunidade de conhecimento para que o professor desenvolva um excelente trabalho pedagógico com os alunos. “Nos Espaços temos a prática, a vivência. A formação é o complemento científico, unindo os dois aplicamos o que aprendemos tirando da natureza todos os objetos pedagógicos que precisamos e assim aprimoramos a nossa linguagem e fortalecemos a língua materna e nossas tradições”, ressaltou a professora.

Fonte: Semed

Foto: Eliton Santos

Postagens relacionadas

Prefeitura de Manaus realiza campanha municipal de combate ao bullying escolar

Jamil Maciel

Prefeitura de Manaus realiza 2º ciclo do projeto Justiça Restaurativa nas escolas municipais

Jamil Maciel

ENSINO MÉDIO: Pagamento da 2ª parcela do Pé-de-Meia começa em 25/4

Paulo Apurina
WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Verified by MonsterInsights