Capacitações visam estimular empreendedorismo e geração de emprego e renda para famílias atendidas pelo programa após reassentamento
Para o comércio em geral, o Natal é um dos eventos mais promissores do ano. Confeccionando itens decorativos de mesas e de portas, a artesã Simone Silva, de 50 anos, moradora do Parque Residencial São Raimundo, na zona oeste, estima que vai fechar o mês de dezembro com faturamento acima de R$ 3 mil, com a venda das decorações festivas.
Simone faz parte das 2.405 pessoas beneficiadas pelo Governo do Amazonas com cursos de capacitação realizados pelo Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+). As capacitações são realizadas pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), responsável pelo programa, com apoio de parceiros de sustentabilidade, como o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas e organizações sociais.
De acordo com o coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo, as capacitações têm como objetivo estimular o empreendedorismo e a geração de emprego e renda para as famílias atendidas pelo programa após o reassentamento. “As capacitações promovem a qualificação e podem ser geradoras de emprego e renda para os beneficiários, mais notadamente as mulheres chefes de família”, afirmou.
Simone conta que o período de festas natalinas é o mais esperado por quem é do ramo, e com as artesãs do Prosamin+ não é diferente.
“Desde novembro, a gente começa a fazer os artigos do Natal, verificando modelos de decoração, material e a logística toda, porque essa é uma época de bastante lucro no ramo do artesanato. Todo mundo quer sua casa enfeitada para comemorar a vida com seus amigos e familiares. Minha expectativa de lucro é por volta de R$ 3 mil,” disse Simone.
Além do lucro no período do Natal, a artesã conta que o faturamento ao longo do ano superou suas expectativas.
“O artesanato é muito lucrativo. Antes de aprender as técnicas da capacitação, eu não tinha uma renda, e agora tenho. Somente de artesanato, eu tiro em média R$ 2 mil por mês, e eu nem imaginava. Meu marido até se surpreende. Hoje em dia, se alguém pergunta algo ele até diz: vou passar o número da minha mulher. Ela faz coisas maravilhosas”, contou a artesã.
Trabalhando com artesanato há seis anos, Regina Brito, 47, tem se tornado inspiração para outras mulheres do Residencial Mestre Chico II, zona sul. Isso se deve ao seu empenho em gerenciar o próprio negócio, produzindo artigos decorativos com itens recicláveis.
“No decorrer da oficina de artesanato, eu vi a possibilidade de mudar a situação da minha família. Então, tive o desejo de aplicar, na prática, o que eu estava aprendendo. Hoje, eu sou uma pequena empreendedora e vendo sandália customizada, itens de decoração com reutilização de embalagem pet. Eu faço, em média, R$ 2,5 mil no mês e, assim, consigo manter minhas contas em dia e sustentar meus filhos”, relatou.
Práticas empreendedoras
A confeiteira Ana Suzy, 42, moradora do Residencial Mestre Chico I, foi além do empreendedorismo e ensina a outras mulheres a sua arte. Em novembro, ela ministrou um curso de confecção de panetone para moradoras do Parque Residencial Mestre Chico II.
“Eu me sinto muito feliz por estar, em parceria com o Prosamin+, ensinando outras mulheres. Muitas delas precisam de uma renda extra nesse final do ano. Tem presentes dos filhos para comprar, o rancho para ceia de Natal da família. Então, esse curso veio em um bom momento para elas”, ressaltou.
Feira Natal Prosa+
Anualmente, no mês de dezembro, acontece a feira de Natal Prosa+ na sede da UGPE, na rua Jonathas Pedrosa, no Centro de Manaus. A feira traz itens natalinos confeccionados por beneficiárias do programa, com objetivo de incentivar as empreendedoras dos residenciais do Prosamin.
São colocados à mostra itens como Papai Noel feito com material reciclável, pintura em guardanapos, customização de sandálias, bijuterias feitas com pet e outros materiais recicláveis. São convidadas para a feira as beneficiárias ativas dos Parques Residenciais, na confecção de artesanato. Neste ano, a feira aconteceu nos dias 6 e 7 de dezembro, no hall da UGPE.
Para Ana Susy, foi uma satisfação poder estar participando da feira. “É daqui que eu tiro meu sustento. Eu estou muito feliz de estar participando dessa feira pela primeira vez. Já quero estar nas próximas”, observou a confeiteira.
FOTOS: Tiago Corrêa/UGPE