Nesta terça-feira (19), o segundo dia da programação do Fórum Mundial de Bioeconomia, realizado em Belém (PA), foi subdivido em duas temáticas principais de discussão: os “Bioprodutos ao nosso redor” e “Olhando para o futuro”. Desta forma, o formato do evento permitiu que os especialistas em cada área dos debates pudessem apresentar visões acerca dos assuntos e levantar questionamentos visando a avanços da bioeconomia global.
O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) participam da programação on-line do evento acompanhando as tratativas que reforçam a bioeconomia amazônica como diferencial do Brasil neste segmento econômico de forte apelo sustentável. Pesquisadores e técnicos das instituições tiveram a oportunidade de acompanhar as propostas que nortearam as apresentações da manhã, com temas como “Construindo uma Bioeconomia Circular e Sustentável com Florestas e Produtos Florestais: Status e Tendências”; “Projeto Trilhões de Árvores”; “Iniciativa de Carbono Renovável (RCI)”; e “Status dos Plásticos e Materiais Biológicos”, além dos paineis “Matérias-Primas e Serviços Providos pela Bioeconomia” e “Alternativas Biológicas para Materiais”.
À tarde, o ponto focal foi o papel da bioeconomia em apoio à área da saúde, com uma apresentação e um painel com o título “Saúde e a Bioeconomia” precedidos do painel “Bioeconomia Tropical em um Contexto Global”.
Convergência
A doutora em Biotecnologia e pesquisadora do Centro de Biotecnologia da Amazônia, Ingrid da Silva, destacou que a programação do Fórum levantou temas relevantes para o cenário da bioeconomia. Para ela, pode ser elencada com maior atenção a questão referente a bioprodutos como soluções sustentáveis que podem gerar diversos benefícios, dentre eles a redução na geração de resíduos. “Neste sentido, o CBA tem total convergência com o que é tratado em âmbito internacional. No Centro, são desenvolvidos diversos trabalhos com o objetivo de transformar biomassa em biomateriais avançados, produtos e serviços que contribuam para minimizar a utilização de recursos não-renováveis”, disse a pesquisadora.
A doutora reforçou, ainda, que acredita “ser possível desenvolver fortemente a bioeconomia na Amazônia ao aproveitar a forma sustentável da riqueza disponível na região, que é a nossa biodiversidade microbiana. Assim pode-se suprir a dependência por insumos importados”.
No último dia do Fórum Mundial de Bioeconomia, nesta quarta (20), estão previstos workshops e as apresentações das conclusões dos debates promovidos ao longo do evento, bem como a apresentação da declaração de 2021, que deve reunir informações, direcionamentos e apresentar a proposta para o evento a ser realizado em 2022.