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Lixeiras viciadas e áreas com acúmulo de resíduos aumentam riscos de incêndios

Fogo em terrenos baldios tomados por lixo por pouco não terminaram em tragédia em Manaus

Dois incêndios ocorridos na noite da última quinta-feira (22) voltaram a expor aquele que é um dos maiores problemas urbanos de Manaus na atualidade: a limpeza pública. Sem fiscalização adequada e com um serviço de coleta de lixo deficitário, a Prefeitura tem deixado terrenos baldios, calçadas e até ruas nos bairros servirem de depósito para resíduos. Além de serem foco de proliferação de doenças, esses espaços elevam os riscos de incêndios.

Na zona Centro-Sul, o fogo começou por volta das 20h em uma área verde da Fundação Doutor Thomas, que atende pessoas idosas. O fogo assustou os moradores da instituição e a vizinhança, deixando a região coberta por uma fumaça densa e tóxica, que se espalhou por alguns bairros vizinhos. A situação só não fugiu do controle, o que poderia ter provocado uma tragédia maior, porque o Corpo de Bombeiros chegou a tempo de controlar as chamas.

Depois do fogo, a diretoria da unidade prometeu acionar a Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) para “intensificar a limpeza do local e retirar a folhagem seca”. Os especialistas advertem que o calor intenso nesta época do ano e a falta de chuvas prolongada aumentam a chance de incêndios em áreas com acúmulo de lixo e restos vegetais, como galhos e folhagens. 

Na Compensa, zona Oeste da cidade, outra ocorrência foi registrada perto da Ponte Rio Negro, um dos principais cartões postais da capital. O fogo atingiu uma área verde que acabou sendo transformada em lixeira viciada. O incêndio de grandes proporções levou pânico aos moradores e comerciantes da área e pode ser visto até no Cacau Pirera, distrito do município de Iranduba, na outra margem do rio.

Apesar de proibidas por lei desde 2018, as lixeiras viciadas se expandem sem fiscalização por parte da Prefeitura de Manaus. A proliferação desses amontoados irregulares de lixo e resíduos se agravou nos últimos três anos, quando a administração municipal deixou de promover mutirões de limpeza nos bairros.

“Os mutirões faziam parte da rotina dos moradores, que sempre ajudavam a coletar o lixo acumulado e acabar com o acúmulo irregular de resíduos”, lembra Roberto Cidade, candidato a prefeito pelo União Brasil. “Nós vamos retomar essas atividades de maneira regular. Limpeza pública é uma responsabilidade da Prefeitura, mas que pode e deve ser compartilhada com a população. O que precisa é o poder público assumir suas responsabilidade, algo que infelizmente não tem acontecido em Manaus”.

A multa para quem for flagrado jogando resíduos em logradouros públicos, igarapés, rios e lixeiras viciadas é de R$ 127,17.

Texto: Assessoria de imprensa de campanha Roberto Cidade 

Imagens: Divulgação 

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