A habitação de interesse social foi um dos focos da agenda da presidência da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) em Manaus, onde a Prefeitura Municipal participou de uma rodada de discussões sobre o setor da construção civil e mercado imobiliário, na noite de quarta-feira, 20/7, no hotel Adrianópolis, no conjunto Vieiralves, bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul.
A reunião ocorreu após o lançamento do Programa de Fortalecimento de Capacidades para a Promoção das Construções Sustentáveis no Brasil (PFC GB no Brasil), iniciativa da Internacional Finance Corporation (IFC), membro do Banco Mundial, em parceria com a CBIC. A prefeitura passa a integrar o programa.
O diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), engenheiro Carlos Valente, esteve compondo o grupo da agenda com empresários do setor, da Câmara e de entidades como a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), discutindo futuro e expectativas.
Para Valente, a prefeitura tem atuado para fortalecer a capital como ambiente atrativo para novos negócios, aberta ao mercado e com projetos e planejamento urbano com foco na habitação, especialmente no centro de Manaus.
“Foi uma reunião importante, porque tomamos conhecimento de uma série de linhas de financiamento para a habitação, com recursos do FGTS, Pró-Moradia e outras fontes, que são de interesse da política habitacional do prefeito David Almeida. Vamos marcar uma reunião com a Caixa Econômica Federal para colocar em discussão a viabilização de captação de recursos para Manaus,” ressaltou Valente.
O diretor-presidente acrescentou que a habitação deverá ter mudanças nacionais em legislação, que estão alinhadas aos programas da gestão pública para interesse social, especialmente no centro da capital. “Esperamos que se possa internalizar esses processos e captar recursos para habitação”, completou Valente.
Câmara
O presidente da Cbic, José Carlos Martins, apresentou um cenário atual da indústria nacional e no Estado, destacando dados econômicos do setor com foco na evolução da variação do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil, que cresce há sete trimestres consecutivos no país.
Martins ressaltou que o mercado de trabalho formal da construção apresenta resultados positivos consecutivos. No Amazonas, de janeiro a maio de 2022, a construção é destaque na geração de novas vagas, com 23.494 trabalhadores.
A agenda da Cbic na região Norte também contemplou participação no lançamento do Programa de Transformação do Mercado de Edifícios Verdes, realizado pelo IFC, do grupo Banco Mundial, com a Prefeitura de Manaus.
Implantado há alguns anos na América Latina e Caribe (LAC), a iniciativa visa a melhoria das políticas públicas e do ambiente favorável para a criação de novos marcos e regulações normativas para as construções sustentáveis, apoiando os municípios com assessoria técnica, de forma inteiramente gratuita, que compreende a capacitação de funcionários municipais no conhecimento sobre as construções sustentáveis.
O programa divulga ainda a certificação EDGE, um sistema para edifícios ecoeficientes em recursos para economia de insumos, energia e água, por exemplo.
Para fortalecer as chamadas construções verdes, a Prefeitura de Manaus agora passa a integrar o programa com IFC e a Câmara visando promover a certificação de edifícios e construções sustentáveis e fomentar práticas responsáveis no segmento.
Construções verdes
As construções sustentáveis contribuem diretamente para a redução das emissões de gás carbônico (CO2) associadas às operações do setor. A IFC projeta uma oportunidade de investimentos em construção verde de US$ 24,7 trilhões até 2030 em todas as cidades de mercados emergentes com mais de meio milhão de habitantes. A certificação de edifícios verdes vai além da demonstração de responsabilidade ambiental de uma empresa. Ela pode aumentar receitas, atrair clientes e facilitar o acesso ao crédito.
Valente acrescentou que a colaboração entre o setor público e o setor privado é fundamental para transformar o mercado, ambos investindo no futuro.
Fonte: Implurb
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