No trabalho
Um dia após ser o alvo principal dos participantes do debate com os candidatos ao Governo do Amazonas na TV Band, o governador do Estado, Wilson Lima (União Brasil), afirmou ontem (8) em entrevista ao jornalista Ronaldo Tiradentes que irá responder as críticas dos adversários com trabalho.
Pelo interior
O chefe do Executivo Estadual reafirmou que não participou do debate porque estava em Tabatinga, no Alto Solimões, para inaugurar leitos de UTI no hospital do município.
Wilson destacou, inclusive, que antes da sua gestão, nenhuma cidade do interior tinha unidades de terapia intensiva.
Atualmente, além de Tabatinga, Parintins e Tefé gozam de leitos com alta complexidade.
Autoanálise
Durante o bate-papo, o governador fez uma autoanálise sincera de sua caminhada política. Admitiu que errou ao confiar demais em algumas pessoas, que não teve tempo de aprender, uma vez que assumiu o comando do Amazonas com vários problemas estruturais, mas que hoje se sente mais maduro.
“A gente evolui muito. Muitas das coisas eu aprendi na marra, aprendi na porrada. Criei casca na porrada. Nenhum governador enfrentou a crise que eu enfrentei. Eu não era da política, eu não tinha nenhum grupo político. E algumas das coisas que eu aprendi, que eram importantes, foi que eu não posso confiar em todo mundo”, declarou.
Crise mundial
Indagado sobre a crise de oxigênio que colocou o Amazonas em destaque negativo na mídia mundial, Wilson Lima destacou que herdou uma saúde pública sucateada e lembrou que o Estado tem uma séria dificuldade logística.
“Não foi só o Amazonas que enfrentou o problema do desabastecimento de insumos como o oxigênio. Miami (EUA) teve problema, o Equador teve problema, Peru também. Na Europa tiveram problema, como Espanha por exemplo. Enfim era algo que a gente não esperava. Nós temos aqui um problema muito complicado de logística. Aqui só se chega de avião ou de barco. Aqui no Amazonas surgiu a variante mais mortal da Covid-19, e o que é mais grave, eu herdei uma herança na área de saúde de um sistema sucateado”, disse.
Combate à fome
Por fim, o mandatário do Estado definiu o combate à fome como prioridade no seu possível segundo mandato.
Dados do IBGE apontam que 2,7 milhões de pessoas que moram no Amazonas vivem em situação de insegurança alimentar moderada ou grave, o que indica que em algum momento a fome passou a ser uma realidade no domicílio.