AMAZONAS

Workshop reúne órgãos estaduais para planejar Operação Tamoiotatá 2

O Governo do Amazonas iniciou, na manhã desta quinta-feira (17/02), o Workshop de Avaliação da Operação Tamoiotatá. O evento reuniu órgãos do Sistema Estadual do Meio Ambiente, de Segurança Pública e instituições federais, para discutir melhorias para a força-tarefa, que atua no combate ao desmatamento e queimadas no estado.

O encontro ocorre até esta sexta-feira (18/02), no Centro de Monitoramento Ambiental e Proteção Ambiental do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O objetivo é avaliar os resultados obtidos na operação de 2021 e iniciar o planejamento das estratégias de atuação para a Operação Tamoiotatá 2, prevista para ter início ainda em fevereiro.

“Essa é uma atividade muito importante. Toda operação tem o seu planejamento, a coordenação, a execução e a avaliação, que é o que nós estamos fazendo aqui hoje, em que estão sendo apresentados os resultados obtidos por todos os órgãos que participaram da força-tarefa, visando a realização da Tamoiotatá 2 nos próximos dias”, disse general Carlos Alberto Mansur, secretário de Segurança Pública, que representou o governador Wilson Lima no evento.

O encontro reuniu equipes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), da Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), do Ipaam, além de representantes do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil do Amazonas e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, destacou que, em 2021, o Amazonas conseguiu reduzir em 11,2% o número de focos de calor, em comparação com o ano anterior. Com o gargalo concentrado no desmatamento ilegal, o início da Tamoiotatá 2 foi antecipado em dois meses, com previsão de atuação contínua até o final de 2022.

“Vale ressaltar que parte de uma determinação do governador Wilson Lima que haja integração das nossas forças no combate aos ilícitos ambientais. O Amazonas vem enfrentando, nos últimos anos, o aumento do desmatamento e a gente tem respondido de maneira forte, firme, integrando as organizações do Estado, para que a gente possa atender a demanda e a grandeza do desafio na proporção que ele merece”, destacou.

Para tanto, o diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, ressaltou que a Operação Tamoiotatá 2 funcionará em duas frentes, tanto na repressão de crimes ambientais quanto no resgate à regularização ambiental.

“Esses são os pontos principais da nossa atuação, que visa aumentar a capacidade do Estado com a legalização das atividades. Esse é um passo importante para que a gente traga de volta quem quer se regularizar, ficando um trabalho administrativo e jurídico extenso, que também integra todo esse trabalho que inicia em campo”, pontuou.

Cooperação federal – Durante o encontro, Sema e Ipaam assinaram um Termo de Cooperação Técnica junto à PRF, que passa a integrar, de forma efetiva, a Operação Tamoiotatá 2. O acordo tem o objetivo de realizar o intercâmbio de informações, infraestrutura, treinamento e de recursos humanos, para dar apoio às ações de monitoramento, fiscalização e controle ambiental.

A cooperação irá abranger, ainda, atividades de controle de tráfego madeireiro em rodovias federais, bem como de outros produtos da floresta retirados de forma ilegal. É o que explica o superintendente substituto da PRF no Amazonas, Denny Vital.

“A questão ambiental não tem fronteiras, muito menos hierarquias entre instâncias. Estamos alinhados, poder estadual e federal, para fortalecer, combater e fiscalizar na matéria ambiental. Na Operação Tamoiotatá 1, a área do sul do Amazonas estava sob responsabilidade da PRF de Rondônia, então é muito interessante que exista essa nova configuração, para ampliarmos ainda mais nossa atuação”, comentou.

Novas tecnologias – No evento, novos drones que darão suporte à atuação em campo também foram apresentados. Agora, a Tamoiotatá terá o apoio de um drone asa fixa, com autonomia de até três horas de voo e alcance de 150 quilômetros, além de um drone tático, para aumentar o alcance de visão das equipes operacionais.

“Esse material está disponível e integrado às ações de campo, no intuito principal de facilitar o direcionamento das equipes. Os equipamentos vão fazer todo o trabalho prévio de verificação de logística, de forma que as equipes terão ciência se a área está segura, quais as opções de entrada na localidade, quantas são as pessoas envolvidas no ilícito e a dimensão real do desmatamento ou do foco de calor”, explicou Eduardo Taveira, titular da Sema.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de um contrato firmado pelo Governo do Amazonas, por meio da Sema, com o banco alemão KfW. A operação de monitoramento será conduzida por uma empresa terceirizada, integrada à Tamoiotatá 2.

FOTOS: Arthur Castro/Secom e Vitor Canavarro/Seagi

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