AMAZONAS

No Dia dos Povos Indígenas, escola da rede estadual promove 2ª edição de feira temática

A “2ª Feira dos Povos Indígenas – Brasil, Terra Indígena!” abordou costumes e tradições dos povos originários

Para celebrar o Dia dos Povos Indígenas, comemorado nesta sexta-feira (19/04), mais de 150 alunos da Escola Estadual de Tempo Integral (Eeti) Cônego Azevedo, zona sul de Manaus, participaram de uma feira escolar exaltando características dos povos originários. Com o tema “Brasil, Terra Indígena!”, assuntos como alimentação, vestimentas, costumes e brincadeiras indígenas foram tópicos abordados pela iniciativa, que contou com estudantes do 1° e do 4° ano do Ensino Fundamental.

A professora mentora da iniciativa, Araceli Nascimento, explicou que o projeto nasceu da vontade de apresentar às crianças a história do povo brasileiro. No segundo ano de execução, a feira contou com apresentações de dança, exposições de objetos, alimentos e vestimentas indígenas, além de explicações, por parte dos próprios estudantes, das origens de cada item exposto.

“A gente quer que eles entendam que os povos indígenas não estão fora da nossa realidade, ainda mais para nós, que moramos no Amazonas. Buscamos proporcionar uma experiência muito humana, afetiva, para que eles conheçam e entendam esse contexto”, destacou Araceli Nascimento.

Durante as últimas três semanas, os estudantes do 4° ano do Ensino Fundamental, da unidade de ensino, seguiram um roteiro de preparação para a feira. Divididos em cinco equipes, os próprios alunos realizaram as pesquisas que deram vida ao evento. Os discentes também foram os responsáveis, sob a tutela dos professores, pela confecção dos cartazes e organização das apresentações da atividade.

Brincando e aprendendo

Além da busca pelo reconhecimento e interatividade com a ancestralidade amazônida, um dos enfoques da feira foi explorar assuntos relacionados à disciplina de Educação Física, matéria ministrada pela professora Araceli. Com uma dinâmica multidisciplinar, a iniciativa contou com um momento de brincadeiras, como o cabo de guerra, peteca, pião, bolinha de gude, bilboquê, dentre outras, todas com origens indígenas.

E quem ficou responsável por traçar o paralelo histórico das brincadeiras com origens indígenas e a atividade realizada, nesta sexta-feira, foi a professora de História e Geografia da unidade de ensino, Andréa Garrido.

“As brincadeiras já faziam parte do cotidiano deles, mas eles não sabiam da origem delas. Foi essa parte histórica indígena que trouxemos para o conhecimento deles”, ressaltou Andréa.

O momento das brincadeiras também foi um espaço de inclusão, com a participação de alunos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Aprovação

Protagonista nas apresentações de dança que abordaram cantigas amazônicas sobre a onça pintada, o aluno Luiz Gustavo Menezes, de 9 anos, contou que gostou muito de aprender sobre os povos indígenas.

“O que mais gostei de aprender foi sobre as comidas e as brincadeiras indígenas. Também gostei de fazer a onça. Eu queria ser desde o ano passado, quando vi aqui na feira”, compartilhou o aluno.

Outras atividades

A EETI Cônego Azevedo tem a temática dos povos originários desenvolvida em seu calendário escolar. Além da feira, a festa junina da unidade também conta com apresentações voltadas ao assunto.

Outro momento de reflexão sobre a ancestralidade amazônida aconteceu no último mês, quando a escola realizou a ‘Olimpíada Indígena’, que foi desenvolvida a partir da parceria do corpo docente da unidade com um grupo de estudantes de Educação Física, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A atividade envolveu as turmas da escola, em quatro equipes distintas, que disputaram brincadeiras de origem indígenas.

Fonte: Seduc

Foto: Euzivaldo Queiróz

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