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Prefeitura trabalha em camadas e levantamento do entorno do Teatro Amazonas para candidatura de patrimônio mundial junto à Unesco 

Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), atua na agenda integrada de compatibilização de serviços para a candidatura do Teatro Amazonas à Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), oficializada em janeiro deste ano. Na região Norte, o Iphan oficializou a candidatura dos teatros da Amazônia, incluindo o de Manaus e o da Paz, em Belém (PA).

A proposta será submetida à avaliação do Comitê do Patrimônio Mundial, formado por 23 países signatários da Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da Unesco. Se cumpridos os requisitos demandados, a candidatura poderá compor a pauta do comitê para o potencial reconhecimento do bem cultural.

A oficialização da candidatura, em parceria estreita com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), é marcada pela entrega de dossiê com documentos elaborados por um grupo técnico formado pelo Iphan, pelas secretarias de Cultura dos Estados do Amazonas e do Pará e das secretarias de Cultura dos municípios de Manaus e Belém.

No caso do Implurb, as ações são de levantamento do sistema cadastral do entorno imediato do patrimônio cultural, do largo de São Sebastião, e quarteirões que ladeiam a edificação.

“Este passo para a candidatura do Teatro Amazonas a patrimônio mundial pela Unesco nos permite sentir a cultura amazônica em voga e mostra sua importância ao longo das décadas, permitindo sua preservação, salvaguarda e muito carinho por todos que vivem aqui”, enfatizou a gerente do Gerência de Patrimônio Histórico (GPH), arquiteta e urbanista Landa Bernardo.

Entorno

Para levantar as informações sobre serviços e comércios no entorno, a Gerência de Patrimônio Histórico (GPH) e a Gerência de Informação e Geoprocessamento (GIG) criaram uma camada de dados no ArcGIS, construída a partir de diretrizes das secretarias de cultura e do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). Essa camada permite a consulta técnica do uso dos espaços comerciais e das áreas autorizadas para mesas e cadeiras, por exemplo, com limitação para que o espaço do entorno não fique saturado e cause problemas de acesso ao monumento.

As informações vão ajudar a compor o dossiê para a candidatura, que será analisado pela Unesco, a partir de critérios que demonstram o valor universal excepcional do bem cultural seriado, sua autenticidade e integridade. A previsão é que ocorra uma vistoria nos teatros, por técnicos internacionais, em setembro deste ano.

A etapa de entrega do dossiê é um passo importante no potencial reconhecimento internacional dos teatros da Amazônia, que representam um patrimônio arquitetônico, cultural e histórico singular na região Amazônica. 

As duas casas de espetáculos já são uma referência cultural da Amazônia, dentro do Brasil, e internacionalmente, atraindo centenas de turistas constantemente. Mas o reconhecimento pela Unesco dará uma dimensão mundial, chamando a atenção do planeta e estimulando o desejo em conhecer a pujança da cultura amazônica, sua história e a beleza de seu patrimônio.

Esses monumentos, símbolos do ciclo da borracha na Amazônia, representam a influência européia na arquitetura e nas artes cênicas, a incorporação de características locais, além de simbolizarem a riqueza cultural e a relação da região com a economia e a geopolítica internacional entre os séculos 19 e 20.

“Nosso teatro não só conta uma parte de nossa história, mas representa também um marco para todos que fizeram e fazem parte dessa história, desde os seringueiros, artesãos, trabalhadores da construção civil e artistas que deram vida aos palcos dos dois teatros”, sublinhou a superintendente do Iphan no Amazonas, Beatriz Calheiro.

Caso sejam reconhecidos pela Unesco, os teatros da Amazônia integrarão a lista de Patrimônio Mundial Cultural, que já conta com 15 bens culturais brasileiros chancelados e um cultural e natural.

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Texto – Claudia do Valle/Implurb

Foto – Divulgação/Implurb (em anexo)

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