Os filmes ‘A Menina que Matou os Pais’ e ‘O Menino que Matou meus Pais’, sobre o caso Richthofen, foram lançados na semana passada, na Amazon Prime, e vêm causando polêmica
Suzane ou os irmãos Cravinhos tiveram participação no filme?
Por se tratar de um caso que chocou todo o Brasil, algumas polêmicas sobre as produções dos filmes sobre o caso Richthofen acabaram surgindo. Entre as principais dúvidas, uma das mais comentadas nas redes sociais era sobre o envolvimento de Suzane e os irmãos Cravinhos na produção do longa, além da possibilidade de os três receberem dinheiro pelos títulos.
Em entrevista à Splash, do Uol, Carla Diaz, atriz que vive Suzane nos longas, explicou que não houve contato com a condenada. A produção nunca quis ter tipo de envolvimento com os envolvidos no caso real e eles não têm ligação com as produções dos filmes.
Os roteiros, baseados nos autos do processo, são assinados por Raphael Montes e Ilana Casoy, criminóloga que acompanhou as reconstituições do caso e esteve presente durante o julgamento.
Vão ganhar dinheiro com os filmes?
Em conversa com Splash, Montes esclareceu que, por se tratar de um caso público, não é necessária a autorização ou envolvimento de ninguém que esteve no caso.
Procurado por Splash, Rodrigo Moraes, advogado e professor de Direito Civil e Propriedade Intelectual da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, explicou que não é necessário autorização prévia para obras literárias e audiovisuais biográficas. Segundo ele, não há premissa de pagamento de royalties ou qualquer pagamento a título de direito de imagem. Quem tem direito a royalties é o autor da obra audiovisual biográfica, não o personagem biografado.
No caso dos direitos de imagem dos envolvidos, a lei não é tão assertiva, sendo necessário ponderar “a notoriedade do retratado e dos fatos abordados”. Para o advogado, por se tratar de um caso notório, e amplamente divulgado pela mídia, Suzane não tem direitos à própria imagem, pois é usada para retratar o crime, um fato histórico.
Caso a personagem biografada tivesse direito a exigir um preço pelo uso de ‘sua imagem’, numa obra audiovisual biográfica, poderia ser uma censura privada, que é vedada pela Constituição Federal de 1988. Sendo assim, nenhum dos envolvidos recebeu ou receberá qualquer tipo de compensação pelos filmes.
Suzane tentou barrar os filmes
Condenada pela morte dos pais, Suzane von Richthofen cumpre a pena em regime semiaberto e tentou barrar o lançamento dos títulos e impedir a estreia, mas o pedido foi negado pela Justiça.
Parte 1
Filme A Menina que Matou os Pais | Filme Nacional Crime Drama Suspense HD
PARTE 2
Filme O MENINO QUE MATOU MEUS PAIS | Filme Nacional Crime Drama Suspense
VIA RJP
