Amazonas ainda não teve registro da variante, mas segue em alerta
O governador do Amazonas, Wilson Lima, reuniu o Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Covid-19, na noite desta segunda-feira (29/11), para avaliar eventuais impactos da variante ômicron, já registrada em 12 países com 142 casos já confirmados. Nenhum caso da doença foi identificado no estado, até o momento.
O monitoramento da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) indica que todos os casos da nova variante são considerados leves e os pacientes não precisaram de internação.
O governador fez um apelo à vacinação e pediu que os amazonenses cumpram o ciclo de imunização e fiquem protegidos contra a Covid.
“Estamos em estado de alerta. Precisamos estar preparados para tomar medidas e preservar vidas. Aproveito para fazer um apelo para que as pessoas tomem a vacina. Quem não tomou a primeira dose, tome. Quem tomou só a primeira dose, que tome a segunda. Já está no período da terceira dos, então se vacine. Através dos veículos de comunicação vamos manter a população informada sobre todas as decisões com relação a Covid-19, como a gente sempre fez”, disse Wilson Lima.
Atualmente, 64% da população do Amazonas está com o esquema vacinal completo contra a Covid-19, primeira e segunda dose ou dose única. Na capital, 74,3% da população está imunizada. Para incentivar o aumento da cobertura, o estado vem realizando os mutirões “Vacina Amazonas” e a campanha “Vacina Premiada”.
“O fechamento de fronteiras vai retardar o aparecimento desse vírus, então essa demora vai permitir que os cientistas investiguem primeiro a virulência, se é um vírus agressivo. A transmissibilidade, transmite muito fácil para as pessoas? Tem uma alta taxa de transmissão? E por último se tem algum escape vacinal, se esse vírus é resistente à vacina ou não. Com essas informações, os cientistas vão proporcionar para todos nós, gestores, tomar decisões”, salientou o secretário de Saúde, Anoar Samad.
Indicadores – Atualmente, o Amazonas apresenta a taxa que avalia a transmissão da doença, chamada de Rt, em 0,93. O que significa que cada 100 infectados podem transmitir o vírus para outras 93 pessoas.
O comparativo entre novembro deste ano e o mesmo período do ano passado mostra uma queda de 88% no número de casos e uma redução de 91% em relação às hospitalizações. Além disso, os números de mortes caíram 95%.
Apesar das hospitalizações e mortes terem baixado, entre outubro e novembro deste ano, os indicadores mostram que o número de novos casos confirmados subiu de 420 para 2 mil. A taxa de ocupação de leitos para pacientes com Covid-19 é igual a 17% para leitos clínicos e 25% para UTI.
FOTOS: Lucas Silva / SECOM