Resta apenas o voto de Cristiano Zanin, mas já não há mais como reverter na Primeira Turma do STF o resultado
A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), formou maioria na Primeira Turma da Corte para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por participação no que seria um plano de golpe contra o resultado da eleição presidencial de 2022.
Resta apenas o voto de Cristiano Zanin, mas já não há mais como reverter na Primeira Turma do STF o resultado pela condenação dos réus.
O voto de Cármen Lúcia, nesta quinta-feira (11), também formou maioria para condenar os réus:
- Alexandre Ramagem, deputado federal (PL-RJ) e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro;
- e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, e candidato a vice-presidente em 2022.
Veredito Jair Bolsonaro no julgamento do plano de golpe
| Crimes | Alexandre de Moraes | Flávio Dino | Luiz Fux | Cármen Lúcia | Cristiano Zanin |
|---|---|---|---|---|---|
| Organização criminosa armada | Condenado | Condenado | Absolvido | Condenado | Condenado |
| Tentativa abolição violenta do Estado Democrático de Direito | Condenado | Condenado | Absolvido | Condenado | Condenado |
| Golpe de Estado | Condenado | Condenado | Absolvido | Condenado | Condenado |
| Dano qualificado contra o patrimônio da União | Condenado | Condenado | Absolvido | Condenado | Condenado |
| Deterioração de patrimônio tombado | Condenado | Condenado | Absolvido | Condenado | Condenado |
Em relação a Bolsonaro, Ramagem, Garnier, Torres, Heleno e Paulo Sérgio, o placar está em 3 a 1, dada a divergência aberta pelo ministro Luiz Fux, que os absolveu de todos os crimes imputados a eles a partir da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Via CNN Brasil
