O julgamento do caso estava previsto para os dias 8 e 9 de abril, mas a data foi reagendada pelo presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, para os dia 20 e 21 de maio
Dois militares com ligação no Amazonas estão entre os nomes que serão julgados nos dias 20 e 21 de maio pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF): o tenente-coronel do Exército Brasileiro, Hélio Ferreira Lima e o general Nilton Diniz Rodrigues fazem parte do núcleo 3 da suposta trama liderada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo objetivo era permanecer no cargo, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O julgamento do caso estava previsto para os dias 8 e 9 de abril, mas a data foi reagendada pelo presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, para os dia 20 e 21 de maio. De acordo a PGR, os denunciados deste núcleo são acusados de planejar “ações táticas” para efetivar o plano golpista. O grupo é formado por 11 militares do Exército e um policial federal.
Recai sobre o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, acusações relacionadas a informações obtidas durante a investigação da Polícia Federal. Durante as investigações conduzidas pela Polícia Federal, foi encontrado em sua posse um pen drive contendo um documento intitulado “Operação Luneta”. Este documento detalhava um plano para impedir a posse do presidente eleito Lula, incluindo estratégias como o monitoramento e possíveis ações contra autoridades, como o ministro do Alexandre de Moraes.
Identificado como “Operação Luneta”, o documento – apreendido com o militar tem mais de 200 linhas e aborda fatores estratégicos de planejamento para o golpe, segundo a PF. A investigação também aponta Hélio Ferreira Lima, integrante dos “kids pretos”, como autor da planilha, que pretendia realizar a prisão preventiva dos juízes supremos considerados geradores de instabilidade”.
O general Nilton Diniz Rodrigues, que foi comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira, a 852 quilômetros da capital Manaus, é mais um militar ligado ao Amazonas que foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por envolvimento na tentativa de golpe de Estado, em 2022.
Nilton teria supostamente participado de reunião que o plano de golpe teria sido tratada e o indiciamento pode estar ligado ao período em que atuou como assistente do general Freire Gomes, comandante do Exército entre março e dezembro de 2022, no final do governo Bolsonaro. De acordo com fontes da Polícia Federal, o general foi convocado para depor em 6 de novembro, após seu nome surgir em mensagens analisadas durante a perícia de equipamentos apreendidos na investigação.
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